A HISTÒRIACorria o ano de 1883, quando os membros de uma expedição francesa que iam rumo a Austrália, e atracaram na costa da Nova Zelândia. A expedição de finalidade científica não tardou a observar uns pássaros de cores chamativas e que eram muito abundantes, sobrevoando os altos arbustos, eram Diamantes de Gould. Só puderam capturar três espécies que descreveram e decidiram considerá-los como uma nova espécie (Poephila Mirabilis). Todos os diamantes capturados eram adultos de cabeça vermelha.
O grande ornitólogo Jhon Gould, que percorria a Austrália fazendo importantes descobrimentos, em seus apontamentos, assinalava que viu um ninho de Poephia. Outro cientista descobriu na península de Cobourg uns outros pássaros similares, porem de cabeça negra. Foi quando John Gould decidiu faze-los uma nova espécie, a quem chamou de Amadina Gouldiae. Apesar de sua semelhança, a diferença de cor lhe pareceu digna de consideração. Neste disformismo, não tardou em comprovar-se que Amadina Gouldiae era um Poephila Mirabilis com uma particularidade. É que o Diamante de Gould apresenta uma particularidade muito pouco comum, para uma mesma espécie existem distintas variedades, uma de cabeça negra e outra de cabeça vermelha, que podem conviver e reproduzir-se, aparentando-se entre elas.
Os primeiros Diamantes de Gould foram exportados para a Inglaterra no ano de 1887, onde receberam um acolhimento e entusiasmo por parte dos aficionados e criadores. Em 1896 expuseram em Paris os primeiros exemplares vivos de Diamantes de Gould e no ano seguinte em Berlim. O inglês P. W. Teague foi o primeiro a obter a reprodução de Diamantes de Gould, estudando umas 24 gerações e publicando as suas observações na Avicultura Magazine entre 1931 e 1946, e é a partir daqui que começa a grande expansão dos Diamantes de Gould entre os aficionados pela avicultura.
Em resumo o Diamante de Gould, criado há mais de 100 anos em cativeiro, ambientou-se à criação doméstica ao ponto de não estranhar a aproximação das pessoas e permanecer calmo em situações como a colocação de comida na gaiola, sem demonstrar medo. Isto é absolutamente extraordinário se tivermos em consideração que na natureza não desce ao solo para beber se não sentir total segurança, podendo voar até 3 horas à procura de um poço seguro. È comum que esta ave viva mais de 10 anos, quando tratadas adequadamente.
Gostaria por fim ainda de referir uma célebre frase de Gould numa de suas obras.